Queria destacar com este post, aquilo que muito gente pensa acerca das prioridades para a cultura em Portugal, neste caso no cinema português. Pela voz do cineasta Luís Filipe Rocha:
A nível global deve haver aquilo que não sei se alguma vez existiu entre nós: uma política de fomento cultural, à semelhança da que existe na Economia, no Turismo,etc.
Deve haver também aquilo que está completamente por fazer em Portugal: um diálogo activo e profícuo entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, capaz de criar públicos no futuro.
Quanto ao Cinema, há que dizer que o sector atravessa umas das maiores crises[...]
O que tem a ver com a falta de dinamismo do ICAM e a sua incapacidade em promover uma acção profissionalizante e responsabilizante, preferindo gerir uma rotina miserabilista, através de uma lei mal redigida e não regulamentada, de júris, de compadrios e amiguismos, criando biombos paralisantes, como este último sobre a produção, que é de tal modo burocrático que se torna paralisante. Se o ICAM estabelecesse regras claras, as fiscalizasse e obrigasse a que fossem compridas, poderíamos ter o sector profissionalizado e uma pequena indústria de cinema e não o que temos: um amadorismo e luxo.
In Jornal Letras, 13 Fev.2008
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